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Posts Tagged ‘convivência’

Hoje me peguei pensando em como é difícil encarar o fim de um relacionamento. Por mais que o sentimento tenha desgastado, por mais que ambas as partes saibam que não existe mais convência, relacionamento, ou qualquer outro tipo de sentimento que os una, o mais difícil e mais desafiador parece ser encarar o próprio parceiro.

Meus referenciais de relacionamento não são os mais adequados, talvez seja por isso que me preocupo tanto em ter relacionamentos saudáveis, em respeitar o parceiro, o espaço, construir momentos bons e lembranças sólidas, de maneira que se um dia acabar que seja de forma digna. Claro não faço tudo isso pensando que um dia o relacionamento terá um fim e que é importante manter minha consciência limpa, mas também não nego que todas as vezes que passei por esta situação, foram raros os momentos em que me senti “culpada”;

Ultimamente presenciei diversos começos, fins, idas e vindas de relacionamentos e percebi que em todas as ocasiões e situações o questionamentos são os mesmos. Fazendo um paralelo com Zona de conforto no relacionamento, especificamente com a fase do desgaste onde o cidadão começa a mentalizar como seria o fim, como seria encarar o outro depois da relação terminar, o diria e quais as saídas que teria para evitar o tão temido encontro. Mas enfim qual a dificuldade de encarar uma pessoa que fez parte da sua vida? Talvez seja o medo de encarar a si próprio e identificar e assumir falhas.

Broken heart Resgatar mortos e feridos nunca é uma tarefa fácil, olhar no olho da pessoa, tentar manter uma conversa civilizada e ainda sim manter o respeito é um desafio pessoal. É desconcertante sentar a frente da pessoa e falar “bom nosso relacionamento acabou, mas ainda temos coisas para devolver, dívidas para sanar, filhos para educar”. O problema está quando as partes envolvidas escolhem esse momento para agir como criança, provocar, denegrir, falar mal, atacar ou dificultar as coisas. Dá a sensação de que aquela pessoa com quem você se relacionou nunca existiu. Qual a dificuldade de ser a mesma pessoa, sem a vil necessidade de se mostrar bem e recuperado instantaneamente após o fim da relação?

É fato que todos nós temos falhas, nenhum ser humano é capaz de ter um relacionamento perfeito, ou se sentir 100% seguro a tudo o que fez durante uma relação, é fato também que sempre fica a sensação de “poderia ter feito um pouco mais”, mas nenhuma situação justifica encarar a pessoa que viveu, comeu e dormiu ao seu lado como um monstro imcompreensível incapaz de entender motivos e razões.

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A vida é feita de encontros e desencontros. Felizmente ou infelizmente o amor é uma roleta russa, uma ciranda que nunca para, onde um dia você ama e é amado e no outro você ama e é deixado. Amar e ser amado na mesma intensidade é uma tarefa árdua, muitas vezes impossível. Já amar e ser deixado é um coisa corriqueira, acontece diariamente várias vezes ao dia.

Pegando gancho no post Rejeição – do autoajudasentimental lembrei de um fato, que já aconteceu e continua acontecendo sempre. Todo ex tende a falar mal do seu respectivo companheiro. (Amigo autoajudasentimental não me refiro a você, mas logo chegarei na parte que lhe diz respeito). Enfim, voltando, todo ex tende e se dedica a falar mal do seu antigo companheiro, como se este ato fosse resolver ou amenizar sua dor, dor física, sentimental, a raiva e a dor de cotovelo de ser deixado. Este ex esquece que um dia a pessoa o amou e claro que um dia ele também a amou e por fim, viveram uma história, não importa exatamente o tempo, e sim a intensidade. Por um certo tempo aquele casal realmente foi feliz, caso contrário, não teriam tido um relacionamento. Entretanto a dor de ser deixado sublime este tempo bom que viveram juntos, as histórias que construíram e os planos que fizeram. Tudo é substituído pelo tempo dedicado a falar mal do ex. Talvez seja uma coisa do ser humano, involuntária. Uma autodefesa na tentativa de reconstrução do orgulho ferido ou simplesmente um lado negro da pessoa que aflora com a dor.

Inevitavelmente a dor de ser deixado é um processo que passa por fases, mais ou menos assim:

Fase 01 – Raiva: momento em que a pessoa é tomada por uma raiva da outra. Chora, xinga, exige explicações, acusa, busca “cavocar” a situação, como se atos exagerados fossem resolver o que em pleno estado de sanidade seria resolvido em uma conversa. As mulheres tendem a explodir em um misto sentimentos choram, gritam, desejam arremessar tudo o que veem pela frente, alternam com momentos de amor, ou culpa. Os homens explodem, buscam violência verbal (casos extremos violência física), isolam-se, bebem e, choram.

Fase 02 – Questionamentos: momento em que a pessoa busca por respostas, começam a vir flash backs de tudo o que viveram e esta começa a buscar em si e no outro o momento em que se perderam. Busca entender os acertos e os erros. Como se esta resposta fosse ser encontrada em algum momento exato da vida. Na lembrança de um ato, uma cena ou uma palavra, óbvia objetiva. A velha pergunta “Onde foi que eu errei?”

Fase 03 – Liberdade: neste momento surgem os amigos e você começa a se descobrir numa fase até então desconhecida. Você volta a se tornar dono do seu próprio nariz e assim resolve que quer fazer tudo o que sempre teve vontade. Recuperar o “tempo perdido”. Tende a esquecer as responsabilidades, prioridades e metas e começa a tentar viver uma vida de “fantasias” realizando coisas que teve vontade ou pensou e até então não fez. Os amigos nesta hora podem ajudar ou atrapalhar. É claro que eles ajudam cuidando de você, te levando para sair, ouvindo sua insistência em não virar o disco e ficar falando sempre do mesmo assunto. Há amigos que na gana de ajudar, acabam “atrapalhando” ainda mais, falando do seu relacionamento, insistindo na função de psicólogos sentimentais ou então tendo ataques de sinceridade, falando demais e até comentando coisas que desabonem ainda mais os envolvidos. É também a fase crítica onde você tende a lembrar do parceiro com raiva, fala mal dele, conta suas particularidades afim de melhorar sua moral e denegrir a pessoa que por um tempo era a “ideal”.

Fase 04 – Amadurecimento da questão: provavelmente nesta hora alguns meses ou anos se passaram e você finalmente começa a sentir suas cicatrizes fechando. Deixa de buscar culpados, e passa a analisar os erros e acertos de forma diferente, não procurando mais o “pelo em ovo” e sim enxergando com sabedoria, identificando em cada lembrança seja ela boa ou ruim, um ponto que poderia ter sido diferente, um ponto que poderia ter sido melhorado. Normalmente identifica-se primeiro no parceiro e só então depois de muito tempo ou muito chacoalho identifica-se em si mesmo. É a fase onde começa a tirar lições que realmente farão diferença na sua evolução como pessoa e na evolução dos seus próximos relacionamentos.

Fase 05 – Liberdade de espírito: passado muito tempo você percebe que aquele relacionamento se tornou uma lembrança, começa a sentir que valem mais as lembranças boas, que as dores. Começa a ver que como bem sabiamente disse o autoajudasentimental cada tombo serve para um progresso. Você percebe que as dores do passado serviram para fortalecer, para que se tornasse a pessoa de hoje e assim também não cometesse os mesmos erros.

O grande problema está quando você estagna no meio do caminho e ao invés de aprender e evoluir, continua no círculo vicioso de alguma destas fases, normalmente 02, 03 e 04. Se você termina um relacionamento não significa que obrigatoriamente o seu ex é a pior pessoa do mundo. Ou que você nunca mais viverá um relacionamento conturbado ou que superar depende estritamente de um novo “Step”. Terminar um relacionamento é fechar um ciclo. Abrir espaço para um novo ciclo de aprendizado e autoconhecimento.

Relacionar-se com alguém é correr um risco diário, você não está 24 horas ao lado da pessoa, você não pode ler seus pensamentos e assim claro também não pode prever como será o futuro ao lado dela. Relacionar-se com alguém é trabalhar um exercício diário de paciência, respeito, é um treinamento diário da vivência em comunidade. Portanto pare de ver seu ex como o culpado ou buscar encontrar nas lembranças atos que justifiquem o término. Viva todas as fases do término, mas siga sempre em frente e não pare para ficar olhando para traz, porque nada e nem ninguém nessa vida vive de passado. E o futuro quem faz, somos nós, ou seja, um relacionamento melhor, positivo e saudavel é você quem pode construir parando de perder seu tempo buscando respostas ou se prendendo ao passado e falando mal da pessoa com quem viveu.

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